Na manhã desta quinta-feira, 29, Guilherme Roberto Otaviani Grasse, de 29 anos, foi encontrado morto numa fazenda no município de Barrolândia. Ele era o principal suspeito pela morte da própria mãe, advogada Lourdes Otaviani, de 71 anos. Ela morreu no hospital após ser espancada e ficar 40 dias internada no Hospital Geral de Palmas.
Equipes da Polícia Civil e Policia Militar estão no local onde foi encontrado o corpo de Guilherme, numa propriedade rural em Barrolândia, na região central do estado. Ele Foi baleado, mas as circunstâncias da morte ainda não foram confirmadas.
A advogada Lourdes Otaviani veio a óbito no fim de semana, após ficar na UTI com hematomas graves que indicaram violência doméstica. O filho era o principal suspeito e foi indiciado pela Polícia Civil, por lesão corporal grave no inicio de fevereiro – antes mesmo dela falecer.
“Ficou apurado que a vítima apresentava sinais externos compatíveis com violência doméstica, não era compatível com ataque de um cão. Os outros elementos de prova que foram coletados na investigação demonstraram que o autor, o agressor, seria o próprio filho da vítima”, disse o delegado regional de Paraíso, Bruno Monteiro Baeza.
A Polícia Civil afirma que Guilherme também era suspeito de envolvimento na morte da avó, em 2021. Nos dois casos, as vítimas foram espancadas e morreram no hospital.
“Esse indivíduo responde a uma ação penal que ainda está em tramitação por um fato muito semelhante, naquela ocasião a vítima foi a sua avó. A gente apurou que a avó foi encaminhada para o hospital também, ficou internada e alguns dias depois veio a falecer”, contou o delegado.
A prisão dele foi pedida pela polícia e pelo Ministério Público (MPE), mas o pedido foi negado pela juíza da vara criminal de Paraíso.
A Polícia Militar tomou conhecimento do caso no dia 12 de janeiro, quando foi chamada para atender uma ocorrência de violência doméstica. A advogada Lourdes Otaviani, de 71 anos, morreu depois de passar quase 40 dias internada com múltiplas lesões graves pelo corpo.
Uma equipe foi ao hospital em que a advogada estava internada, mas na ocasião ela mal conseguia se comunicar por conta da gravidade dos ferimentos.
Uma acompanhante de Lourdes que comunicou aos policiais que a idosa havia ido até sua residência, durante a manhã com o corpo todo machucado. No mesmo instante o filho da advogada foi atrás da mãe muito nervoso.
Diante do estado crítico emocional do filho da vítima, a vizinha prestou ajuda a Lourdes, e acionou os militares do Corpo de Bombeiros para que levassem a idosa até o hospital de Paraíso. A polícia orientou que fosse feito um boletim de ocorrência para averiguar a situação de violência na Delegacia de Polícia Civil.