YouTube retira do ar canal do pastor que foi preso no Tocantins suspeito de aplicar golpes

A plataforma de vídeos YouTube retirou do ar o canal do pastor Osório José Lopes. Ele foi preso nessa quinta-feira, 21, por suspeita de aplicar golpes financeiros em fiéis. Com 70 mil seguidores, o homem publicava vídeos, que segundo o Ministério Público de São Paulo eram usados para atrair novas vítimas.

Canal foi suspenso do YouTube.

Osório José era procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal. (PC-DF) Ele seria o líder de um suposto esquema criminoso que prometida lucros de até octilhão de reais.  Após ser preso ele foi encaminhado para a delegacia em Gurupi. Hoje ele deve passar por uma audiência de custódio que vai definir se ele será transferido para Brasília.

Segundo as investigações da PC-DF, em cinco anos esse grupo teria movimentado R$ 156 milhões de reais. Também foram criadas dezenas de empresas fictícias para movimentar mais de 800 contas em bancos.

Ficha criminal extensa

Pastor Osório José já é um conhecido da Justiça. Ele já foi acusado de aplicar golpes em Goiás e em diversas pessoas espalhadas pelo Brasil.  Em 2018 ele chegou a ser preso, mas responde ao processo em liberdade desde então.

Segundo as investigações ele teria arrecadado R$ 15 milhões de fiéis.

Como funcionavam os golpes?

Em um dos golpes, uma operação da PC-DF deflagrada nesta semana identificou que um grupo de pastores faziam com que pessoas que frequentavam as igrejas acreditassem que elas eram abençoadas e deveriam receber grandes quantias em dinheiro.

Já no golpe de 2018, o pastor dizia que tinha recebido um título de R$ 1 bilhão, mas que precisava reunir recursos para conseguir ter acesso ao dinheiro. Era pelas redes sociais que o pastor anunciava o esquema.

O que diz a defesa?

A defesa do pastor Osório José disse que não teve acesso aos autos e que precisa identificar o fundamento do decreto de prisão para solicitar a revogação.

Em outro momento, a defesa afirmou que ele não tem ligação com as investigações, que o pastor não sabia do mandado de prisão e que ele estava no Tocantins em viagem de lua de mel.