Vazio sanitário no Tocantins reforça prevenção ao bicudo-do-algodoeiro

Com o objetivo de prevenir a infestação e controlar o bicudo-do-algodoeiro, principal praga que ataca a cultura do algodão, o Estado do Tocantins dará início ao período de vazio sanitário no dia 20 de setembro, estendendo-se até 20 de novembro. Durante esses 60 dias, fica proibida a manutenção e o plantio da cultura do algodão no campo. Esta medida é essencial para reduzir a incidência da praga, preservando a produtividade das safras futuras e garantindo a sustentabilidade da cadeia produtiva.

Marco Aurélio Vaz, responsável técnico pelo Programa Estadual de Grandes Culturas da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), reforça a importância do cumprimento rigoroso do vazio sanitário por parte dos produtores.

“Ao aderirem a essa medida preventiva, os produtores contribuem diretamente para a redução do ciclo de vida do bicudo-do-algodoeiro, minimizando o impacto da praga nas próximas safras”, explica. Ele também destaca que a Adapec realizará monitoramentos constantes para verificar o cumprimento da norma e garantir que não haja risco fitossanitário nas áreas de cultivo durante o período restrito.

Caso sejam encontradas plantas com risco fitossanitário, a legislação determina que a eliminação deve ser realizada pelo proprietário da área, seja de forma mecânica ou química. O não cumprimento das regras pode acarretar sanções legais.

Dados da Cultura

No Tocantins, a área plantada de algodão teve um crescimento significativo de 37,1%, passando de 6,2 mil hectares na safra 2022/2023 para 8,5 mil hectares na safra 2023/2024. Entre os municípios com maior produção, destacam-se Campos Lindos, Dianópolis e Nova Rosalândia.

Sobre o Bicudo-do-Algodoeiro

O bicudo-do-algodoeiro é um besouro de coloração cinza ou castanha, com tamanho variando de 3 mm a 7 mm. Essa praga pode infestar as lavouras desde a emissão dos botões florais até a colheita, gerando de 4 a 6 gerações durante o ciclo da cultura. Sem controle adequado, o bicudo pode causar perdas de até 70% da produção.

Ascom Adapec