A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) registrou 573 boletins de ocorrência de desaparecimento apenas em 2024, uma média de 1,5 casos por dia. Já em maio deste ano, dois novos casos chamam a atenção: o de Simão Ribeiro de França, 41 anos, desaparecido em Palmas, e o de Matheus Felipe Cutrim da Silva, 23 anos, que não é visto desde o início de maio em Luzimangues.
Simão Ribeiro, que trabalha como servente de obras, saiu de casa no último domingo (11), por volta das 7h30, no Setor Taquari, em Palmas. Deixou para trás o celular, levando apenas documentos — comportamento atípico, segundo a família, que o descreve como uma pessoa tranquila e responsável.
Já Matheus Felipe, que trabalhava em um restaurante de resort em Luzimangues (Porto Nacional), foi visto pela última vez no dia 4 de maio. Ele costumava ligar diariamente para a avó, que mora em Timon (MA), mas desde o dia seguinte ao seu desaparecimento não deu mais notícias.
Como ajudar?
Os casos de Simão e Matheus estão sob investigação da Polícia. O de Matheus é acompanhado pela 72ª Delegacia de Luzimangues, enquanto o de Simão segue em apuração na capital através da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (POLINTER). Familiares e amigos têm compartilhado as imagens dos dois nas redes sociais, na esperança de obter pistas.
Quem tiver qualquer informação sobre os desaparecidos pode entrar em contato com a Polícia Civil pelos telefones (63) 3218-1848 ou (63) 98145-0252. Denúncias também podem ser feitas presencialmente em qualquer delegacia do estado.
Dados alarmantes no Tocantins
Os números da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) mostram que Palmas lidera as ocorrências de desaparecimento no estado, com 216 registros em 2024. Araguaína aparece em segundo lugar, com 74 casos, seguida por Gurupi, com 46. A maioria desses desaparecidos é do sexo masculino (63,9%), enquanto 35,1% são mulheres.
Apesar dos registros, nem todos os casos têm o mesmo perfil. O desaparecimento pode ser voluntário — quando a pessoa decide se afastar por questões pessoais, como conflitos familiares ou problemas psicológicos — ou involuntário — quando há indícios de crime, acidente ou situação de risco. A diferenciação é crucial para direcionar as buscas.