O segundo semestre de 2023 foi marcado, principalmente, por ações de repressão e combate ao crime organizado e aos crimes contra a vida, de acordo com o balanço do período, divulgado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO).
Na capital do Estado, Palmas, organizações criminosas vinham promovendo diversos homicídios na cidade, especialmente no mês de maio. No entanto, a pronta atuação das forças de segurança do Tocantins resultou em uma redução de 84% no índice de homicídios em Palmas, se comparado aos primeiros seis meses do ano. De 1° de janeiro a 30 de junho deste ano, foram registrados 96 homicídios, dos quais 70%, conforme demonstrado pelas investigações, ocorreram no âmbito de disputa de poder entre facções criminosas.
Prisões realizadas no período, especialmente de lideranças de facções criminosas, resultaram em uma queda significativa nos números de homicídios, sendo registradas apenas três mortes em julho; e duas, em agosto. Nos meses de setembro e outubro, foram registradas cinco mortes em cada mês; já em novembro, foram registradas duas mortes e, em dezembro, até o presente momento, foi registrado apenas um homicídio em Palmas. Neste segundo semestre de 2023, foram 161 prisões realizadas no Estado, sendo que 32% ocorreram em Palmas.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Wlademir Mota Oliveira, destaca que o sucesso das operações se deu em razão da integração das forças. “Não foram medidos esforços da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Guarda Metropolitana e de outros órgãos para devolver a segurança para a população de Palmas. O resultado desse trabalho conjunto foi a redução drástica nos homicídios, saindo de 24 casos, em maio; para um, em dezembro, então é um fato a se celebrar”, reforça.
Combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado
As ações da Segurança Pública foram incisivas também em relação ao tráfico de drogas. Foram pelo menos 13 grandes operações, mais de 250 kg de droga apreendidos, mais de 60 prisões realizadas por tráfico, além da apreensão de armas de fogo, entre os meses de julho e dezembro. As ações realizadas pelas Divisões Especializadas foram coordenadas pela Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) do Tocantins.
A operação Broken Windows foi uma dessas ações, resultando na prisão de nove pessoas, entre eles faccionados, além da apreensão de armas e drogas na região sul de Palmas. Além da Polícia Civil, a operação contou com a participação da Polícia Militar, da Guarda Metropolitana de Palmas e da Polícia Penal.
Coordenada pelo Ministério da Justiça, o Estado ainda conta com a ação permanente da Operação Hórus, que tem atuação direta nas regiões de fronteiras. Em novembro, quatro pessoas foram presas, no âmbito da Hórus, por ligação com o tráfico de drogas nas cidades de Gurupi, Cariri, Formoso do Araguaia e Figueirópolis.
Neste período, foi instituída também a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). De iniciativa do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), a Ficco conta com a atuação das polícias Federal, Civil, Militar e Penal, devendo atuar no Estado, com o objetivo de intensificar o combate às facções criminosas, ao tráfico de drogas e armas, à lavagem e à ocultação de bens, direitos e valores e demais crimes conexos.
A Operação Gatuno, que ocorreu em novembro, foi a primeira a ser realizada no Tocantins, no âmbito da Ficco, e teve o objetivo de investigar a prática de furto qualificado cometido contra a Agência dos Correios de Miracema do Tocantins, no dia 18 de junho. Na ocasião, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão.