O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira, participou na última terça-feira (11), em Belém (PA), do lançamento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O plano, instituído pelo Decreto nº 12.652/2025, foi elaborado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) como instrumento de gestão de riscos de desastres no Brasil.
O documento estabelece diretrizes, estratégias e metas para um gerenciamento integrado entre União, estados, Distrito Federal e municípios, estruturado em cinco eixos: prevenção, preparação, resposta, recuperação e reconstrução.
Durante o evento, Laurez Moreira afirmou que o Tocantins está comprometido com políticas locais de prevenção e fortalecimento da gestão de riscos.
“O Tocantins participa da COP30 com o compromisso de contribuir para as soluções globais frente às mudanças climáticas, mas também com a responsabilidade de fortalecer as políticas locais de prevenção e gestão de riscos. O Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil é um marco para o país, e estamos alinhados a essa agenda, aprimorando nossas estruturas e ampliando o diálogo entre os municípios e o estado. O Tocantins faz parte da Amazônia Legal e tem o desafio de crescer com sustentabilidade, preservando nossos biomas e garantindo qualidade de vida para o nosso povo. Por isso, buscamos parcerias e tecnologias que unam inovação, produção e proteção ambiental”, declarou o governador.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou o papel do novo plano na mitigação de desastres e na proteção de populações vulneráveis.
“O plano lançado hoje reafirma o nosso compromisso de lutar contra os impactos dos desastres sobre os mais vulneráveis”, afirmou.
Estratégia Amazônia 2050
Durante a COP30, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Divaldo Rezende, representou o Tocantins no lançamento da Estratégia Amazônia 2050, realizada no Hub Amazônia — espaço criado pelos nove estados da Amazônia Legal. O plano estabelece metas de longo prazo até 2050, voltadas ao desenvolvimento sustentável, à valorização da floresta e à melhoria da qualidade de vida na região.
“O planejamento para o desenvolvimento da Amazônia Legal até 2050 é fundamental para garantir que governos e sociedade possam enfrentar as mudanças climáticas e que possamos nos adaptar à nova fase em que o planeta se encontra. Não podemos perder de vista a qualidade de vida, a preservação da biodiversidade, a geração de renda, a produção de alimentos e o fortalecimento da bioeconomia”, destacou o secretário.
Rezende também acompanhou o lançamento da Plataforma CAL2050, ferramenta que reúne dados geoespaciais, painéis dinâmicos e informações legais dos estados amazônicos, com o objetivo de aprimorar a transparência e a governança de dados ambientais.
A programação encerrou-se com a apresentação do Termômetro Amazônico, um painel interativo que mostra a contribuição da região para as metas climáticas nacionais e os resultados de conservação desde 1985.
Cooperação internacional
Ainda durante a COP30, Laurez Moreira e a primeira-dama, desembargadora Ângela Prudente, visitaram o estande do Japão. No local, conheceram tecnologias voltadas à gestão de resíduos sólidos, ao monitoramento por satélite e à geração de hidrogênio verde a partir de fontes renováveis.
Durante o encontro, foi discutida a possibilidade de parcerias institucionais entre o Tocantins e o governo japonês, com foco em intercâmbios universitários e cooperação em pesquisa e inovação sustentável.