Líderes comunitários de várias regiões de Palmas reuniram-se na manhã de segunda-feira, 5, com o secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Mota Oliveira, e o diretor de Polícia Comunitária, Ten-Cel Carlos Magno, para tratar sobre políticas públicas com foco na melhoria da segurança da Capital. A reunião que aconteceu no auditório da secretaria contou com a participação do arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães.
Após ouvir as lideranças comunitárias, o secretário Wlademir propôs a criação de um Comitê de Segurança Comunitária de Palmas que foi bem recebido por todos. Novas reuniões serão realizadas no sentido de concretizar a proposta. Além disso, o gestor colocou a Diretoria de Polícia Comunitária à disposição para ajudar na criação ou ativação dos Conselhos Comunitários de Segurança e Defesa Social (Conseg) em cada bairro da capital.
“Precisamos do apoio da sociedade e das autoridades competentes para o combate à criminalidade. A sociedade precisa crescer sadiamente, sem violência. Para isso, precisamos desenvolver políticas públicas e buscar soluções permanentes, para termos uma sociedade mais justa”, destacou o secretário.
O arcebispo de Palmas pontuou sua preocupação com a questão da violência na Capital. “Eu convivo com a sociedade e sigo todos os dramas humanos. Estamos perdendo nossos jovens para o crime. São jovens, negros, do sexo masculino, que vivem nas periferias. Me interessa debater esse assunto e apoiar no que for preciso. Vamos dar as mãos para melhorar essa situação”, destacou Dom Pedro Guimarães.
A reunião foi demandada pelo Conselho Municipal das Associações de Moradores e Entidades Comunitárias de Palmas (Comam). “Viemos buscar parcerias para diminuir a violência que está nas nossas comunidades. Agradeço demais ao secretário Wlademir por ter aberto as portas, é a primeira vez que a gente vê isso, no sentido de unir forças para enfrentar a violência na cidade”, ressaltou a presidente do Comam, Cida Roseno.
Durante a reunião, a operação “Todos pela Vida – Palmas Segura” foi bastante elogiada pelas lideranças. “Esse trabalho que está sendo feito com os bloqueios é de grande relevância e já percebemos uma inibição dos criminosos. Estamos vendo como muito positivo, mas precisamos melhorar, levando a polícia para dentro dos bairros, para inibir ainda mais o crime organizado. Estamos passando por um momento delicado que precisa ter realmente a polícia dentro da comunidade”, ressaltou Dagmar Pires, que é moradora do setor Irmã Dulce e trabalha como coordenadora da Unidade Saúde da Família Valéria Martins, na Arse 122.
Quanto à criação de novos Consegs, o diretor de Polícia Comunitária, Ten-Cel Carlos Magno, destacou o interesse da gestão em unir forças com a sociedade. “Eu acredito que a sociedade pode contribuir sobremaneira para a melhoria da segurança local. Estamos à disposição para ajudar na implantação dos Consegs promovendo essa aproximação da comunidade com as instituições públicas para tratar dos problemas existentes na sua localidade”, destacou.