O Grupo Vozes de Ébano volta aos palcos nesta sexta-feira (28), às 19h, no auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins, para mais uma apresentação do projeto “Minha Voz é Resistência”, dentro da programação do Novembro Negro da Secretaria Municipal de Igualdade Racial. O show destaca o protagonismo de mulheres negras na música e reafirma a arte como ferramenta de combate ao racismo e valorização da ancestralidade africana.
A apresentação integra uma série de atividades culturais e formativas realizadas ao longo do mês. O repertório reúne homenagens e narrativas que dialogam com memória, identidade e resistência, produzidas por artistas negras tocantinenses.
O espetáculo e sua importância
A nova apresentação ocorre após o primeiro show da temporada, realizado no dia 24 no auditório do Palácio Araguaia, durante o 1º Encontro Temático de Construção da Igualdade Racial no Tocantins. O espetáculo emocionou o público ao evidenciar, por meio de interpretações musicais e intervenções poéticas, a centralidade das mulheres negras na cultura brasileira.
Idealizadora do projeto, a cantora Fran Santos explica que a obra é também um gesto político.
“Esse show nasce como um manifesto artístico e político. É a afirmação da nossa ancestralidade, da nossa existência e da nossa resistência. Estar aqui, nesse espaço simbólico, é ocupar com arte e fortalecer a luta antirracista.” afirmou Fran
Projeto e circulação
Com patrocínio da Lei Aldir Blanc, por meio da Fundação Cultural de Palmas e do Ministério da Cultura, o projeto tem circulado por espaços da capital. No dia 11 de novembro, as artistas realizaram roda de conversa e ensaio aberto para cerca de 200 estudantes da Escola Estadual Beira Rio, em Luzimangues, reforçando o caráter educativo da iniciativa.
A apresentação desta sexta deve encerrar o ciclo de performances do grupo dentro da agenda municipal do Novembro Negro, ampliando o debate sobre representatividade e o fortalecimento das políticas de igualdade racial.
Novembro Negro
As ações do mês incluem debates, oficinas e encontros voltados ao enfrentamento ao racismo estrutural com participação de lideranças e especialistas, como a jornalista Maju Cotrim, a raizera Dona Felisberta, a juíza Renata do Nascimento, o defensor público João Pedro Cerqueira, o sociólogo Stânio Vieira e as secretárias estaduais Narubia Werreria, Larissa Rosenda e Regina Reis.
Informações: Cinthia Abreu