Os servidores públicos municipais de Palmas iniciaram esta semana em Estado de Greve, após decisão aprovada em assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), realizada no último sábado (13). A mobilização foi motivada pelo atraso de oito meses no pagamento da data-base 2025, prevista em lei.
Segundo o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, o Estado de Greve funciona como uma fase preparatória antes de uma paralisação efetiva. “É um alerta aos gestores sobre a possibilidade de greve, diante da ausência de diálogo e posicionamento da gestão municipal”, afirmou.
O que está em discussão
O sindicato lembra que a data-base não corresponde a aumento salarial, mas à reposição inflacionária garantida pela Lei Municipal nº 2.105/2014, que determina o pagamento da revisão anual em janeiro. O índice para 2025, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 4,77%, correspondente ao INPC acumulado.
“Reiteramos nosso interesse em dialogar e contribuir para a efetivação desse direito, que é essencial para a valorização dos servidores. A ausência de diálogo nos leva a outras ações de cobrança”, declarou Albuquerque.
O presidente destacou ainda que categorias como os profissionais da educação e os analistas em saúde acumulam dois anos sem reajuste, ampliando as perdas salariais.
O Sisemp afirma que permanece aberto a negociações, mas alerta que os servidores estão mobilizados e preparados para intensificar o movimento. Caso não haja resposta da Prefeitura, o Estado de Greve poderá evoluir para paralisação das atividades.
A equipe do Jornal Primeira Página entrou em contato com a Prefeitura de Palmas, mas não obteve retorno sobre a situação até a publicação desta matéria.