O Conselho de Administração do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) segue dando continuidade às reuniões com as entidades de classe a fim de apresentar alterações pontuais na proposta de reforma da previdência dos servidores estaduais. Na quarta-feira, 22, foi a vez dos sindicatos e das associações da área da saúde manifestarem sugestões a serem analisadas e aplicadas no Projeto de Lei e na Emenda Constitucional.
Sugerida pelo governador Wanderlei Barbosa, as reuniões do Conselho de Administração do Igeprev com os poderes e as entidades classistas têm dado muito certo e o presidente do Conselho, Klédson de Moura Lima, as classifica como positivíssimas. Ele explica que as sugestões de alteração apresentadas pelos sindicatos e pelas associações, bem como pelos poderes, já vêm sendo incorporadas como alteração no texto a ser apresentado para o Governador.
“Já temos algum material para trabalhar, além das sugestões feitas durante os debates com o pessoal da educação, que foi muito produtivo. Muitos pontos importantes foram explorados nesses encontros e já trabalharemos nessas alterações. A proposta está ficando riquíssima. O trabalho está sendo muito produtivo e, no dia 10 de abril, apresentaremos ao governador Wanderlei Barbosa o resultado de todo esse esforço conjunto”, elencou o presidente Klédson.
Na reunião de quarta, 22, o Sindicato dos Médicos (Simed), dos Trabalhadores em Saúde (Sintras), dos Cirurgiões Dentistas (Sicideto), dos Farmacêuticos (Sindifato), de Enfermagem (Seet), dos Enfermeiros (Seto) e dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Sinfito) estiveram presentes e, em conjunto, apresentaram uma proposta com atenção especial aos servidores que trabalham expostos a agentes químicos e biológicos.
Presente à reunião, o presidente do Simed, Reginaldo Abdalla Rosa, lembrou que apesar de necessária, a reforma da previdência não está sendo impositiva e elogiou a iniciativa do governador Wanderlei Barbosa de trazer a PEC para ser debatida com as entidades de classe. “A PEC está sendo construída, ela não é impositiva, e a gente, como sindicato, vem pleitear e tentar minimizar o prejuízo das categorias”, afirmou.
Entre os pleitos salientados pelo presidente do Simed, ele destacou o direito à aposentadoria especial com os 25 anos de contribuição, já que, segundo ele, “não é um privilégio, é um direito, visto que a categoria trabalha em área insalubre e, portanto, o tempo de vida deste servidor acaba sendo reduzido”.
Quem também reconheceu a iniciativa da reunião, classificando-a como proveitosa, foi o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda. “Ouvir as categorias é um ato democrático que permite que cada entidade possa incluir as suas proposituras, as suas especialidades e as suas diferenças. Para nós, essa reunião foi muito proveitosa, porque pontuamos o que queríamos pontuar na reforma, principalmente relacionado à especialidade de quem trabalha na saúde”, concluiu o presidente Manoel Miranda.
A próxima reunião será no dia 24, sexta-feira, quando o Conselho de Administração do Igeprev receberá as entidades representantes dos servidores policiais. “A partir daí, teremos duas semanas de estudo e trabalho para compilar o texto final. Neste período, também poderemos receber as propostas de quem passou por essas reuniões e se envolveu nos debates, mas que ainda não enviou suas sugestões. O canal de diálogo permanece ativo”, finalizou o presidente do Conselho, Klédson de Moura Lima.
Até o momento, apenas o Sindicato dos Servidores Estaduais (Sisepe), a Associação dos Servidores com Deficiência, o Sinfito, a Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins (Feserto) e a Força Sindical-TO apresentaram propostas escritas. As demais entidades ainda poderão apresentar suas propostas escritas ao Conselho durante as próximas duas semanas, uma vez que o texto definitivo será apresentado ao governador Wanderlei Barbosa no dia 10 de abril.