Após o Governo Federal insistir na proposta de 0% de reajuste em 2024 ao magistério, os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) aprovaram greve nesta terça-feira, 23, após reunião da categoria que contou com expressiva participação. A votação reuniu todos os campi da UFT, exceto o de Gurupi, totalizando 125 votos: 82 a favor e 43 contra.
Com o fracasso desta nova mesa de negociação entre a categoria e Governo Federal, realizada na última sexta-feira, 19, outras universidades e institutos federais devem aderir ao movimento paredista nacional, conforme informações divulgadas pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES).
Fabiano Kenji, representante no Tocantins do ANDES, destacou ao Jornal Primeira Página que o próximo passo será a notificação oficial à reitoria, conforme estipulado pelos procedimentos legais. Após esse trâmite, a greve deverá ser iniciada até 72 horas após o comunicado.
Para organizar as ações durante a paralisação, está prevista uma nova assembleia nesta sexta-feira, 26, onde serão formados o comando local de greve e escolhidos os representantes da sessão sindical que participarão do comando nacional de greve, em conjunto com o ANDES.
Contexto da Greve Sem avanços significativos nas negociações da campanha salarial dos servidores públicos federais com o governo Luiz Inácio Lula da Silva, uma onda de greves teve início em universidades e institutos federais de todo o país.
No Tocantins, duas instituições de ensino já aderiram às paralisações, a UFT e o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), seguindo o movimento que acontece a nível nacional.
Na última sexta-feira, 19, o Governo Federal tornou a oferecer a proposta de 0% de reajuste para docentes do Magistério Federal em 2024. Como contrapartida, ampliou o reajuste de 9% em 2025 e 3,5% para 2026. Contudo, na avaliação de representantes da categoria, o formato apresentado não atende às reivindicações.