Nesta segunda-feira, 26 de maio, foi aceita pela Justiça a denúncia do Ministério Público do Tocantins (MPTO) contra Hallan Richard Morais Cruz, de 26 anos, que agora se torna réu por violação sexual mediante fraude. Ele foi preso em flagrante no dia 25 de abril, no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, e permanece em prisão preventiva.
De acordo com o MPTO, Hallan se apresentava como professor de canto e instrumentos musicais, e usava essa posição para conquistar a confiança de alunas — a maioria delas conhecidas no ambiente de uma igreja local, onde ele tocava na banda.
A investigação revelou que o acusado oferecia às vítimas um suposto “chá” para melhorar a dicção e a voz, usado durante as aulas. No entanto, o conteúdo do líquido era, na verdade, sêmen do próprio professor. Sem o consentimento das vítimas, ele ainda filmava o momento da ingestão, alegando que usava a lanterna do celular para acompanhar os efeitos do “tratamento vocal”.
A denúncia do MPTO aponta que Hallan cometeu o crime de violação sexual mediante fraude 11 vezes, além de uma tentativa. No total, seis mulheres foram vítimas do golpe.
Em um dos casos, uma aluna desconfiou do conteúdo e pediu que um amigo chamasse a polícia. Ela conseguiu ganhar tempo até que os policiais chegassem e apreendessem o pote com o líquido, que posteriormente passou por perícia. O laudo confirmou a presença de espermatozoides e de Antígeno Prostático Específico (PSA), marcador biológico do fluido seminal.
Durante o interrogatório, Hallan confessou o crime, admitindo que o líquido continha soro fisiológico, gengibre e seu próprio esperma.
A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Célio Henrique Souza dos Santos e foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Porto Nacional no último dia 26. O processo segue em andamento.