O valor da produção agrícola do Tocantins registrou queda de 14,6% em 2024, passando de R$ 15 bilhões, em 2023, para R$ 12,8 bilhões, segundo dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo acompanha a retração nacional, que caiu de R$ 814 bilhões para R$ 783 bilhões no período. De acordo com o supervisor da pesquisa, Winicius Wagner, o fenômeno climático El Niño foi determinante para o resultado negativo.
Apesar da redução no valor, a área plantada e colhida cresceu, somando 2,2 milhões de hectares em lavouras temporárias e permanentes.
Principais cultivos
A soja manteve a liderança da produção estadual, com R$ 7,4 bilhões em 2024. Campos Lindos (R$ 389 milhões), Porto Nacional (R$ 375 milhões) e Caseara (R$ 314 milhões) foram os principais polos. O milho ocupou a segunda posição, com destaque para Campos Lindos (R$ 234 milhões), Porto Nacional (R$ 142 milhões) e Monte do Carmo (R$ 87,7 milhões).
O arroz em casca garantiu ao Tocantins o terceiro lugar no ranking nacional, com R$ 1,8 bilhão. Lagoa da Confusão respondeu por mais da metade desse valor, com R$ 1 bilhão, e Formoso do Araguaia ficou em 16º no ranking nacional, com R$ 308 milhões.
A mandioca atingiu R$ 507 milhões, liderada por Formoso do Araguaia (R$ 36 milhões), Pedro Afonso (R$ 23,7 milhões) e Guaraí (R$ 22,5 milhões).
Fruticultura em alta
Entre as frutas, o abacaxi movimentou quase R$ 225 milhões, sendo Pau D’Arco (R$ 42,8 milhões), Araguacema (R$ 41,2 milhões) e Miracema do Tocantins (R$ 30 milhões) os maiores produtores. Já a melancia alcançou R$ 110 milhões, com Guaraí (R$ 27 milhões), Lagoa da Confusão e Cristalândia (ambos com R$ 15,1 milhões) como principais polos.