Presos que estão na Unidade Prisional de Araguaína fizeram um princípio de motim nesta segunda-feira, 17. Os detentos querem que o direito de visitas seja reestabelecido na unidade. Segundo a Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) as visitas ficaram prejudicadas por causa da Operação Legalidade, realizada pelos policiais penais e que alteraram uma série de rotinas nos presídios.
A Seciju ressaltou que a situação foi controlada. No fim de semana a Justiça determinou que os agentes penais reestabeleçam todos os serviços, sob pena de multa. O movimento iniciado pelos agentes no mês de junho pede melhorias e reajuste salarial nos plantões.
O governo já sinalizou que vai reajustar o plantão dos policiais penais equiparando ao valor que é pago aos policiais civis.
O sindicato dos Profissionais do Sistema Penitenciário do Tocantins informou que a categoria está cumprindo a decisão judicial, mas que vai recorrer. O valor vai passar de R$ 152 para R$ 282,16.
Sobre o princípio de motim alguns familiares de presos estiveram na unidade procurando respostas sobre as visitas, mas até o momento não existe informações de feridos durante a manifestação.
Veja a nota completa da Seciju:
A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Superintendência de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, esclarece que foi registrado na manhã desta segunda-feira, (17), um princípio de “motim” na Unidade prisional de Araguaína, mas já foi controlado.
A Pasta explica que em função da diminuição de atendimento a visitas, resultado da “Operação Legalidade”, podem-se gerar insatisfações por parte de visitantes e custodiados.
Vale destacar que o Tribunal de Justiça do Tocantins emitiu na manhã deste sábado, 15, Decisão Judicial de Ação Declaratória de Abusividade de Greve com pedido liminar de tutela de urgência em face da Associação dos Profissionais do Sistema Penitenciário do Tocantins (PROSISPEN). Na decisão, diante o elevado grau de essencialidade dos serviços, foi determinada a manutenção de 100% de todas as atividades realizadas nas unidades prisionais no período anterior à deflagração da “Operação Legalidade”, sob pena de multa ao SINDPPEN e a seus dirigentes.