Na última edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), um custodiado da Unidade de Tratamento Penal do Cariri alcançou um feito notável ao garantir o primeiro lugar em Engenharia Florestal na UFT. Essa conquista não se limitou a uma instituição de ensino, pois o candidato também foi aprovado em Engenharia Elétrica na Uninter e Agronomia pela Uniasselvi, por meio do Prouni, competindo com estudantes de todo o país.
Para o reeducando M.P.M., estudar de 3 a 6 horas por dia fez ele entender que o esforço dele teve resultado. “A importância desse avanço para mim é tão grande que chega a ser imensurável. Sempre acreditei no decorrer dos meus estudos que a cultura e a educação são elementos indispensáveis para a plena formação do indivíduo. E através disso, estou indo em busca da minha plenitude. Além disso, após tantas revoluções que ocorreram no mundo, principalmente após a revolução técnica, científica e informacional, a qualificação profissional tornou-se uma necessidade para que possamos ingressar no mercado de trabalho,” enfatizou.
O custodiado já está matriculado no curso de Engenharia Florestal na UFT de Gurupi, com base na sua afinidade com a área. Essa decisão, representa um grande passo para sua reintegração à sociedade.
Importante ressaltar que houve mais aprovados nas unidades de Arraias e Palmeirópolis.
Foco e estratégia
A Unidade de Tratamento Penal do Cariri, com foco na ressocialização, implementou estratégias para apoiar a qualificação dos custodiados por meio do ensino superior. Fornecendo materiais de estudo, como livros e apostilas, e garantindo acesso à biblioteca sempre que necessário. Dessa forma, a instituição busca criar oportunidades para que os custodiados se dediquem aos estudos, promovendo, uma transformação positiva em suas vidas. E este caso de sucesso destaca a eficácia dessas iniciativas na busca pela reintegração social através da educação.
O gestor da Unidade, Marcos Porto, ressaltou que tem feito tudo o possível para promover a educação na Unidade. “É muito relevante fazer com que a educação seja promovida, pois executamos um direito previsto na Lei de Execução Penal, possibilitamos a remição da pena pela leitura e garantimos que os custodiados tenham um retorno eficaz à sociedade”, concluiu.