A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, 03 de abril, em Paraíso do Tocantins, Gilman Rodrigues da Silva, de 47 anos, investigado por agredir brutalmente a companheira, Delvânia Campelo, de 50 anos. O crime ocorreu no dia 22 de março, em uma propriedade rural no município de Caseara.
A vítima foi atingida por diversos golpes de arma branca na região da nuca e permanece internada em estado grave no Hospital Geral de Palmas. Durante as agressões, ela conseguiu enviar mensagens pedindo socorro a um grupo de WhatsApp, onde também estava o suspeito. Pouco depois, Gilman teria enviado mensagens ao mesmo grupo afirmando que “não estava acontecendo nada” e tentando minimizar a gravidade da situação.
Segundo a Polícia Civil, Delvânia foi localizada por um funcionário da chácara, que acionou a Polícia Militar. Na ocasião, Gilman não foi encontrado no local. Três dias após o crime, o suspeito prestou depoimento, mas não foi preso por não estar em flagrante.
No entanto, a versão apresentada à polícia apresentava contradições, e ele alegou legítima defesa.
Conforme o delegado responsável pelo caso, José Lucas, os ferimentos observados na vítima, assim como os hematomas mencionados por Gilman, indicam que a agressão partiu dele. “Os sinais no braço da vítima são compatíveis com tentativa de defesa, e não de ataque”, explicou.
O casal mantinha um relacionamento desde o segundo semestre de 2024 e, de acordo com testemunhas, o histórico incluía episódios de violência doméstica.
Com base na investigação, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, e a Justiça autorizou a medida. A ordem judicial foi cumprida assim que Gilman se apresentou para um novo depoimento. Durante a prisão, ele optou por permanecer em silêncio e foi encaminhado à Unidade Penal de Paraíso do Tocantins, onde permanece à disposição da Justiça.