Paralisação nacional mobilizou servidores da educação em Palmas e no interior do Tocantins

Profissionais da educação das redes estadual e municipal de ensino participaram, na manhã da última quarta-feira (23), de um ato público na Avenida JK, em Palmas. A manifestação integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e marcou a adesão da categoria à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O movimento teve como principal objetivo reivindicar melhores condições de trabalho e valorização dos servidores da educação.

O ato teve início na Avenida JK, passou pela sede da Prefeitura de Palmas e foi encerrado em frente à Assembleia Legislativa do Estado. A manifestação, que contou com aproximadamente 400 participantes, transcorreu de forma pacífica e com o apoio da Polícia Militar e de agentes de trânsito, durando cerca de quatro horas.

Melhorias reivindicadas

Durante o protesto, representantes da categoria apresentaram uma série de demandas. Entre elas, o pagamento da data-base dos anos de 2024 e 2025, o reajuste do piso nacional do magistério e a convocação imediata dos aprovados em concurso público. Além disso, os profissionais cobraram a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da rede estadual e criticaram o recente reajuste do plano de saúde dos servidores, o Servir, que elevou a contribuição dos dependentes indiretos.

De acordo com o presidente do Sintet Regional de Palmas, Fábio Lopes, a situação nas escolas tem se agravado pela escassez de profissionais. “Chega de déficit e sobrecarga — a educação não pode esperar do jeito que está”, afirmou.

Adesão em Palmas e outras cidades do Tocantins

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), mais da metade das escolas da capital aderiram ao movimento. Só na rede municipal, cerca de 40 unidades escolares não funcionaram nesta quarta-feira. A diretora do Sintet em Palmas, Rose Marques, enfatizou a necessidade de reforço no quadro de servidores. “É necessário e urgente convocar os aprovados”, declarou.

O presidente estadual do Sintet, José Roque Santiago, também destacou a importância de uma reorganização do orçamento público e da luta por justiça social. Segundo ele, a valorização da carreira docente deve contemplar tanto servidores ativos quanto aposentados.

Além de Palmas, os municípios de Monte do Carmo, Miracema do Tocantins, Rio Sono e Arapoema também registraram adesão à paralisação.

Informações: SINTET