Palmas tem mais igrejas que escolas e hospitais somados juntos

Os mais recentes dados do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira, 02, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe informações inéditas sobre os tipos de edificações que compõem os mais de 111 milhões no país. Em Palmas, capital do Tocantins, surpreendeu a quantidade de templos e igrejas: são mais de 900, número muito superior ao total de unidades de saúde, hospitais e escolas somados juntos.

Os números apurados em Palmas evidenciam uma realidade que se repete em outros dos municípios do Brasil. As residências domiciliares representam a maioria nos endereços mapeados com 129.424, já o número de instituições de ensino está na casa dos 248, enquanto hospitais e unidades de saúde são 310. Quanto as igrejas e templos religiosos, o total é 919 pela cidade.

A conta indica que o número de igrejas e templos na capital (919) é 1,6 vezes maior do que a oferta de instituições de ensino e hospitais/unidades de saúde, que juntos somam 558.

Entre as demais informações apresentadas sobre Palmas, destacam-se 5.436 construções em andamento (dados de 2022), 756 estabelecimentos agropecuários e 14.648 edificações destinadas ao comércio, cultura, prédios públicos e outros, categoria que ocupa a segunda posição no perfil dos endereços de Palmas.

Brasil

No cenário nacional, a predominância de domicílios particulares é uma constante, totalizando 90,6 milhões de endereços. Os estabelecimentos de “outras finalidades”, englobando comércio, prédios públicos e culturais, ocupam a segunda posição com 11,7 milhões. Em terceiro lugar, encontram-se os estabelecimentos agropecuários, seguidos por edificações em construção, estabelecimentos religiosos e instituições de ensino e saúde.

O Brasil, com uma população de 203 milhões de habitantes, revelou, através do Censo 2022, mudanças demográficas significativas. O país se torna cada vez mais feminino e envelhecido, com uma idade mediana de 35 anos.

Destaca-se também o crescimento da população indígena em 89%, atingindo 1,7 milhão de pessoas. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas.