Palmas retira 810 toneladas de lixo do esgoto e BRK alerta para impacto do descarte incorreto

Palmas enfrenta um problema crescente e pouco visível no dia a dia: o descarte inadequado de resíduos na rede de esgoto. Entre janeiro e outubro deste ano, a BRK, concessionária responsável pelo sistema de água e esgoto da capital, retirou aproximadamente 810 toneladas de lixo das tubulações. O número, segundo a empresa, revela a dimensão do impacto causado pelo mau uso da rede.

A concessionária intensificou as ações de manutenção preventiva ao longo de 2025, realizando lavagem de redes e inspeções técnicas. No período, mais de 340 quilômetros de tubulações passaram por limpeza. Apesar dos esforços, a empresa afirma que o comportamento da população continua sendo determinante para evitar entupimentos, danos estruturais e prejuízos ambientais.

Entre os resíduos mais frequentemente encontrados estão papel higiênico, fios de cabelo, sacolas plásticas, absorventes, preservativos, óleo de cozinha e até brinquedos. Esse tipo de lixo, acumulado ao longo do tempo, pode provocar obstruções, vazamentos e retorno de esgoto para dentro das residências.

Bruno Gravatá, diretor de Operações da BRK, explica que o problema ultrapassa a estrutura pública. “Esses comportamentos não causam apenas entupimentos, mas também podem danificar as tubulações internas das residências e prejudicar o meio ambiente”, afirmou.

Outro ponto de atenção é a prática irregular de direcionar água das chuvas para a rede de esgoto, o que sobrecarrega o sistema e pode gerar transbordamentos durante o período chuvoso.

Para a empresa, a manutenção preventiva é fundamental para minimizar os impactos. “É uma medida que assegura o bom funcionamento do sistema, além de manter a eficiência na coleta e tratamento do esgoto na cidade”, destacou Sebastião Noleto, coordenador de Operações da BRK.