Nesta segunda-feira, 29 de julho, Ithalo Henrique da Silva, mais conhecido como Kodó, iniciou uma jornada de bicicleta com destino à Patagônia, na Argentina. Saindo de Palmas-TO, serão quase 9 mil quilômetros a serem percorridos a partir da capital – uma aventura que promete meses de desafios, superações e descobertas.
A previsão é que a jornada continue até março de 2025. Saindo da região Norte do Brasil, Kodó seguirá rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste, Sul, atravessará o Uruguai, seguirá para a Argentina e, por fim, alcançará a Patagônia, destino final da viagem.
Não é a primeira vez que Kodó se lança em uma viagem desse tipo. Em janeiro deste ano, ele percorreu a região Nordeste, pedalando da Bahia ao Maranhão. Agora, o desafio é ainda maior, tanto em termos de distância quanto de adversidades a serem enfrentadas.
Para seguir nesta jornada, Kodó pede apoio com os custos básicos que terá ao longo dos próximos meses. Confira ao final da entrevista como colaborar e enviar uma ajuda.
Quem é o Kodó?
Ítalo Henrique da Silva, o Kodó, reside em Palmas desde 2005, após se mudar do Maranhão. Desde então, tem se dedicado à cultura local, trabalhando na produção e técnica de shows, especialmente nos principais festivais de música independente da cidade, com foco no rock, e, nos últimos anos, fomentando a cena do grafite na cidade.
Muito conhecido pela turma antiga de Palmas, Kodó foi vocalista da icônica banda de hardcore palmense Mata Burro, que fez muito barulho na cidade nos anos 2000, sendo presença constante em festivais e festas de rock na capital.
O Jornal Primeira Página entrevistou Ítalo antes de ele iniciar sua viagem rumo à Patagônia. Confira os trechos dessa conversa sobre desafios e superações.
Jornal Primeira Página: Como surgiu a motivação para o primeiro pedal, quando você percorreu o Nordeste brasileiro no início do ano?
Ítalo Henrique da Silva: A ideia do primeiro pedal já estava na minha cabeça há 10 anos, mas nunca dava certo. Era bem menos audaciosa, né? A ideia era pedalar de Salvador até Aracaju, atravessar um estado de bike. Eu estudava essa rota, tinha vontade de fazer, mas nunca encontrava tempo. Então, despertou a vontade de pedalar novamente e comecei a me preparar. Programei essa viagem para janeiro e fui.
Jornal Primeira Página: Como foi a preparação física e mental para a primeira grande viagem?
Ítalo: A preparação foi curta. Comecei a pedalar em novembro e já saí em janeiro. Já tinha estudado a rota da Bahia e sabia que os primeiros trechos seriam de 30 a 40 km, algo que eu já conseguia fazer. A preparação física foi durante a viagem mesma. Mentalmente, foram 10 anos sonhando com isso, então quando decidi, já estava pronto. Aprendi muito durante a viagem.
Jornal Primeira Página: Durante o primeiro pedal, quais foram os principais desafios?
Ítalo: Os desafios variam de pessoa para pessoa. Para mim, o maior desafio foi como me manter na estrada, pois meu trabalho não é à distância. Aprendi a desenvolver outros trabalhos e a não ter vergonha de pedir ajuda. A parte física foi tranquila. A adaptação ao clima quente do Nordeste foi necessária, assim como mudar minha rotina noturna para acordar cedo e pedalar.
Jornal Primeira Página: O que você diria para quem quer fazer o que você fez?
Ítalo: Quem tem vontade, tem que fazer. É uma experiência muito forte; você rompe seus próprios limites, conhece culturas e pessoas de uma forma real. Quando você viaja de bike, a viagem é o tempo todo. Você conhece gente, sente o cheiro, vê paisagens. Quando você tem um sonho, vale a pena realizá-lo. Se joga e vai.
Jornal Primeira Página: Para esta nova jornada, o que você espera?
Ítalo: Será um pedal maior, com climas e relevos diferentes. Vou enfrentar subidas e trechos mais longos, além do frio, que exigirá equipamentos específicos. Estou correndo atrás desses equipamentos agora, mas vai dar certo. Os maiores desafios serão o clima, o relevo e a distância.
Jornal Primeira Página: Como as pessoas podem ajudar você nessa caminhada?
Ítalo: As pessoas podem viajar junto comigo, recebendo relatos e dicas. A ajuda pode vir de várias formas: mensagens de incentivo, dicas de lugares e ajuda financeira através de pix, entre outras. Durante a viagem, os gastos serão com alimentação, estadia e manutenção da bike. Espero que quem acompanha possa ajudar e que curtam viajar junto comigo. Tamo junto, um abração e obrigado pelo espaço.
Gostou dessa história? Siga o Kodó nas redes sociais e acompanhe os detalhes dessa jornada. Sempre tem uma postagem nova e informações sobre os locais por onde ele está passando. A conta do Instagram é @ithalo_doko. Para ajudar com algum recurso, a chave pix é: ithalo1989@gmail.com