Para muitos pais garantir uma educação de qualidade para os filhos é a principal prioridade. Quem não pode pagar pelo ensino particular, confia nas instituições públicas. Em Palmas o Colégio Militar sempre foi um exemplo de ensino de qualidade e de organização, mas mães que procuraram o Jornal Primeira Página relataram diversos problemas.
Segundo as mães, que preferem não ser identificadas, os problemas começaram quando o regime de ensino na unidade, que atende estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, passou a ser integral.
“Já estava previsto a possibilidade de ser aula em tempo integral, mas de repente, em questão de uma semana avisaram que a carga horária ia mudar, mas acho que faltou planejamento”, afirma uma das mães.
As mães contam que os estudantes que agora ficam o dia inteiro na escola estão reclamando da falta e em muitos casos do racionamento de comida. “Meu filho sempre está chegando em casa com fome. Ele diz que não se alimentou direito na escola”, afirma.
“Minha filha também já falou que não sobra alimento e que já foi preciso comer apenas arroz com ovo”, aponta outra mãe.
“Meu menino contou que a alimentação é feita por séries. Então como não tem comida suficiente, os últimos acabam prejudicados”, conta.
Outra reclamação dos pais é sobre a falta de professores. Os responsáveis pelos alunos contam que já houve dia em que apenas três aulas foram ministradas.
“A falta de aulas me preocupa. Também me preocupa o fato de colocarem os meninos para marchar sem que eles estejam bem alimentados. É preciso lembrar que eles estão em fase de crescimento”, reclama outra mãe.
Os pais afirmam que criaram um grupo e que já solicitaram melhorias desses problemas para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas que a única resposta foi que as soluções estão em andamento.
Nós procuramos a Seduc com os questionamentos e problemas apontados pelos pais. Assim que houver uma resposta, a reportagem será atualizada.