Sandra Miranda – Jornalista
Alguém tem que explicar urgente para a digníssima, ainda, prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, o significado da palavra TRIPUDIAR! O vencedor nunca tripudia sobre o derrotado. Essa é uma lição básica da vida, e isso em todas as áreas de atividade. Um exemplo, para citar apenas um, é nas competições esportivas, e muito menos, muito menos, na POLÍTICA.
O motivo do vencedor nunca tripudiar sobre o derrotado, é simples: a vitória dele se apequena, já que “ao vencedor cabe a nobreza”. E conhecendo o preparo e o berço de Eduardo Siqueira Campos, eu tenho certeza que jamais passaria pela cabeça dele sequer algo semelhante ao que sua aliada Cinthia, anda aprontando pelas redes sociais, como a tal dancinha, entre outros.
Certamente, não concordando com as atitudes da Cinthia, olhem na manhã desta quarta-feira, 30, a fala do futuro prefeito de Palmas, no vídeo do seu feed no Instagram, onde ele diz “nós não derrotamos ninguém. Nós vencemos uma luta, e agora nós temos uma só Palmas, aquela luta, aquela guerra acabou, e a capital só tem a ganhar com um comportamento de respeito”.
A ainda prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, só pode estar ultrapassando os limites do verbo tripudiar por saber que não foi ela a vitoriosa, e sim, o Eduardo Siqueira Campos. E não só pelo resultado óbvio das urnas.
Como é notório, o filho de Siqueira Campos, desacreditado por quase todo mundo, venceu esta eleição sozinho, contra tudo e contra todos, e sua vitória propriamente dita deu-se no primeiro turno, ao conseguir votos suficientes para chegar ao inédito segundo turno.
E mais, Eduardo acabou sendo ainda corajoso ao receber em seu palanque a prefeita Cinthia, alvo de duas operações da Polícia Federal logo ali atrás, no ano passado, e com a cidade enfrentando graves problemas na atual administração.
Tripudiar sobre um adversário derrotado retrata um espírito mesquinho, rancoroso e vingativo, próprio talvez daqueles que conseguiram vitórias fáceis na vida, como parece ter sido com Cinthia Ribeiro na política. Por mais que tente, ela sempre será a viúva do ex-senador João Ribeiro. Seu protagonismo é muito pequeno na história da política tocantinense. Provém da sombra dos homens e do fator sorte.
Sua indicação como vice-prefeita no ano de 2016, veio do Ataídes Oliveira que assumiu a vaga de João Ribeiro. Seu mandato como prefeita de Palmas só foi possível após a renúncia de Carlos Amastha nas eleições para o Governo do Tocantins em 2018. E quando foi reeleita em 2020, tinha a máquina na mão, usou e abusou das vantagens que possuía, além de enfrentar adversários enfraquecidos com a divisão em mais de 10 candidaturas.
Como todos sabem dou-me ao luxo de exercer um jornalismo o mais livre que posso conseguir, por isso escrevo este texto, nunca jamais me filiei a um partido político, não tenho por trás de mim nenhum grupo político, e gosto sim de político que faz oposição, pois considero a oposição um pilar da democracia e que fortalece um outro pilar, a imprensa, a qual dediquei a minha vida.
A primeira vez que deixei bem claro uma preferência política na minha carreira foi justamente por tanto denunciar a corrupção em um governo, nos anos de 2003 a 2009, onde estava no Palácio Araguaia o Marcelo Miranda, que dispensa comentários, e do outro lado na dolorida eleição de 2006, o grande líder e saudoso Siqueira Campos, o pai de Eduardo Siqueira Campos.
Essa minha atitude tornou-se notória, e pelos acontecimentos que se seguiram desencadeados pelo Poder Judiciário, com cassações dos mandatos e prisão de Marcelo Miranda, justificou-se.
Por ter muito amor em meu coração à Palmas, além de admiração e gratidão ao eterno governador Siqueira Campos, torço sinceramente, para que ao administrar nossa capital pela segunda vez, Eduardo Siqueira realmente tenha passado por mudanças e siga finalmente os ensinamentos e grandes exemplos do seu pai, o maior líder político que o Tocantins já teve e terá.
E torço também, para que o comportamento de Cinthia Ribeiro, contra quem nada tenho de pessoal, não ofusque a gigante vitória dele no último domingo, 27 de outubro de 2024.
Eu continuo em Palmas, sem data para viajar ainda, mas sem tempo para postar minhas análises, até mesmo uns poucos tuites (como tanto gosto) sobre o resultado das eleições, principalmente na capital, recordando que a votação de Eduardo foi bem próxima dos números da pesquisa que divulgamos no dia 24 de outubro, faltando três dias para o pleito.
Entre tantas tarefas de trabalho e da vida pessoal que foram se acumulando para mim em Palmas, estou com problemas de saúde na família, um deles o de que o meu irmão mais velho, Alfredo Miranda, está internado no Hospital Geral de Palmas há quase 20 dias. Mas consegui escrever estas linhas. E vamos em frente!