A construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, na BR-226/TO, que liga os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), alcançou 20% de execução. O projeto, coordenado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), conta com investimento federal de R$ 171,9 milhões e tem previsão de conclusão em até um ano.
Até o momento, foram finalizadas 16 fundações e 12 pilares, além de uma fundação e seis pilares que estão em construção. Ao todo, a obra prevê a implantação de 26 fundações e 26 pilares. Concluída essa fase, os trabalhos seguirão para a instalação das vigas travessas e dos elementos pré-moldados, como pré-lajes e vigas, que darão maior agilidade ao cronograma.
Com 630 metros de extensão e 19 metros de largura, a nova Ponte de Estreito será mais ampla que a antiga. A estrutura contará com duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos com 3 metros, barreiras de proteção do tipo New Jersey, além de passeios para pedestres e guarda-corpos em ambas as extremidades.
As equipes do DNIT e do consórcio responsável pela obra já concluíram os projetos das fundações e pilares do trecho em vigas pré-moldadas. Agora, aguardam a aprovação da próxima etapa, que envolve as travessas, superestrutura e os trechos executados em balanço sucessivo.
Tragédia acelerou os esforços
O novo empreendimento substitui a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50, resultando em uma das maiores tragédias rodoviárias da região Norte. No momento do colapso, dez veículos — incluindo quatro caminhões, duas caminhonetes, um carro e três motos — atravessavam o vão central da antiga ponte e caíram no rio Tocantins.
A queda da estrutura deixou 14 pessoas mortas, três desaparecidas e apenas uma sobrevivente. Três dos caminhões envolvidos transportavam ácido sulfúrico e agrotóxicos, o que também exigiu cautela nas operações de resgate. As buscas continuam com apoio de mergulhadores da Marinha, Defesa Civil, bombeiros e forças de segurança dos dois estados.
A antiga ponte, que fazia parte do corredor rodoviário Belém-Brasília desde os anos 1960, havia passado por uma recuperação estrutural entre 1998 e 2000. No entanto, documentos do DNIT indicavam, desde 2019, a necessidade de novas intervenções para garantir sua segurança.
Para viabilizar a nova obra, as estruturas remanescentes da ponte antiga foram implodidas com o uso de 250 kg de explosivos, em uma operação que durou cerca de 15 segundos.