O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) participou nesta sexta-feira (12), na Comunidade Quilombola Mumbuca, em Mateiros, de uma roda de conversa na 16ª Festa da Colheita do Capim-Dourado. O evento antecede o início oficial da colheita, que será liberada no próximo sábado (20) e segue até 30 de novembro.
Legislação e manejo sustentável
Responsável pela gestão do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, o Naturatins destacou a importância da preservação e do manejo sustentável da espécie. Representando o presidente do órgão, Cledson Lima, a supervisora do PEJ, Vaneça Corado, lembrou que o capim-dourado é protegido pela Lei nº 3.594/2019.
“O capim-dourado é amparado pela Lei nº 3.594/2019, que institui a Política Estadual do Uso Sustentável do Capim-Dourado e Buriti. Essa legislação tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais que trabalham com o artesanato desses recursos. A legislação fornece respaldo legal, contudo é responsabilidade de todos assegurar a preservação do recurso. É fundamental que todos cumpram a legislação, pois sem a proteção do capim-dourado, esse desenvolvimento seria comprometido, afetando sua principal fonte de renda”, afirmou.
Ações do órgão
Desde o início do ano, o Naturatins tem realizado visitas em diversas regiões do Tocantins para orientar comunidades sobre a legislação, além de reforçar as regras de coleta, manejo e transporte do capim-dourado e do buriti. O objetivo é garantir que a atividade continue sendo fonte de renda sem comprometer a sustentabilidade ambiental.
Prevenção contra incêndios
Durante sua participação, Vaneça também ressaltou a Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo como medida para proteger as Unidades de Conservação e os campos de capim-dourado.
“Essa prática, que deve ser realizada no período correto e sob condições climáticas favoráveis, permite que o fogo seja utilizado de forma controlada e estratégica, reduzindo a carga de material combustível e prevenindo incêndios de grandes proporções, que podem devastar tanto a biodiversidade local quanto os campos de capim-dourado, matéria-prima essencial para a economia das comunidades da região. Cabe destacar que estamos no período proibitivo para o uso do fogo, conforme estabelece a Portaria nº 155/2025”, ressaltou.
Ao final, a supervisora pediu reconhecimento ao trabalho dos brigadistas nas Unidades de Conservação, sendo aplaudida pelos participantes.
Informações: Kleidiane Araújo/Governo do Tocantins