No decorrer de mais uma etapa da Operação Piracema realizada nas regiões norte, central e sudeste, as equipes de fiscalização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) apreenderam mais de 17 mil metros de rede de diferentes malhas. Na região Norte, as ações contaram com a cooperação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).
No sudeste do Estado, foram 2,1 mil metros de redes, 14 espinheis, 18 boias, 32 armações, um gancho, uma gaiola de grande porte e uma arma de fogo. Para o gerente de Fiscalização Ambiental, Cândido José dos Santos Neto, a quantidade e a variedade do material assusta e, ao mesmo tempo, justifica a predação por meio da pesca e caça local. “Isso coloca em extinção exemplares da fauna silvestre, bem como ainda extingue exemplares da fauna aquática local que além de comporem o bioma e o equilíbrio do ecossistema, também são atrativos para o fomento do lazer e turismo regional”, avaliou o gerente.
“A fiscalização ambiental não vai mensurar esforços para minimizar as práticas desumanas e cruéis ao meio ambiente, as ações continuarão em defesa da vida como um todo”, enfatizou o fiscal Romário Maracaípe, que chefiou a ação na localidade.
Na região do Parque Estadual do Cantão (PEC), a ação de fiscalização ambiental realizada entre a quarta-feira, 8, e essa segunda-feira, 13, contou com a cooperação entre fiscais e guarda parques da Unidade de Conservação (UC). “Foi realizada ronda ostensiva aquática e terrestre com objetivo de coibir a prática de pesca predatória e/ou irregular na UC. Diversas embarcações foram abordadas, acampamentos vistoriados e sensibilização ambiental com entrega de material educativo; e, ainda, conferências de licença de pesca e apetrechos para praticantes da modalidade esportiva pesque e solte”, informou o fiscal ambiental Lucas de Castro.
Ao todo, foram percorridos aproximadamente 210 km por água e 130 km por terra. A ação abrangeu dois municípios, Pium e Caseara. Foram recolhidos 1,1 mil metros de redes, uma pinda, dois viveiros; nove varas; quatro carretilhas; três molinetes; três caixas de pesca com carretilhas, linhas, iscas e demais apetrechos; 1,3 kg de pescado e uma caixa de isopor de 50 litros. Dois autos de infração foram aplicados que somaram R$ 4 mil.
Com abrangência na Área de Proteção Ambiental (APA) Ilha do Bananal Cantão, outra frente fiscalizatória se deu entre os dias 1° e 9 de fevereiro nos rios e lagos estendida até Couto Magalhães, em uma rota fluvial que somou 680 km percorridos e 12.850 metros de redes recolhidos. Com o apoio da equipe do Naturatins em Araguacema, fiscalização foi comandada pelo fiscal ambiental Erivaldo Martins.
Norte do Estado
Entre os dias 6 e 11 deste mês, ação conjunta com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) combateu a caça e a pesca predatória nos municípios de Pedro Afonso, Tupiratins, Palmeirante, Barra do Ouro, Filadélfia e Babaçulândia.
“A fiscalização foi realizada no rio Tocantins e nos seus afluentes, bem como no entorno de pequenas lagoas e ilhas. Ao todo, foram percorridos aproximadamente 200 km”, informou o fiscal ambiental Antoniel Gouveia.
O trabalho conjunto resultou no recolhimento de aproximadamente 1,1 mil metros de redes de emalhar, sete molinetes e aproximadamente 35 kg de pescado que foram doados na própria região. Também foi realizado trabalho educativo com os moradores ribeirinhos por meio da distribuição de panfletos institucionais com informações acerca da restrição da pesca durante o período de reprodução dos peixes, bem como das normas que regulamentam a atividade pesqueira no Tocantins.
“Todo o material recolhido foi transportado e acondicionado na sede do polo regional de Araguaína, onde será encaminhado posteriormente para inutilização e reciclagem. Já o pescado vivo presos às redes foi devolvido ao seu habitat natural, onde continuará o seu ciclo natural”, detalhou Antoniel.
Outra equipe de fiscalização ambiental, também do polo Araguaína, atuou entre os dias 10 e 11, por meio de patrulhamento fluvial, a fim de coibir a pesca predatória, e o transporte ilegal de pescado no Rio Araguaia e Tocantins e rodovias, da região de Couto Magalhães, Juarina, Bernardo Sayão, Arapoema, Pau D’Arco e Garimpinho. Como resultado, foram recolhidos aproximadamente mil metros de redes.