“Não há motivos para greve”, afirma ministro da Educação em visita a Palmas; Mais de 50 universidades estão paralisadas

O ministro da Educação, Camilo Santana, esteve em Palmas nesta quarta-feira, 19, para anunciar a retomada das obras e o lançamento do programa Pé-de-Meia no Tocantins. Durante a coletiva de imprensa, o Jornal Primeira Página questionou o ministro sobre as greves nas instituições federais de ensino.

Atualmente, cerca de 54 instituições de ensino federais estão em greve desde o mês de abril, com os docentes reivindicando reajustes salariais e a revogação de medidas de corte no orçamento das instituições. No entanto, os grevistas não aceitaram as condições oferecidas pelo governo e seguem na continuidade da paralisação.

Camilo Santana enfatizou que não vê razões para a continuidade das greves. “Eu tenho externado publicamente que, primeiro, eu acho que não há motivo para greve. Greve é quando não há diálogo. O último limite é quando os lados não têm mais condições de conversar. É bom lembrar que, depois de seis anos com zero reajuste dos servidores públicos federais, o Presidente Lula deu 9% no primeiro ano do seu governo, o dobro da inflação em 2023. E reabriu todas as mesmas negociações com todos os servidores públicos federais”, afirmou o ministro.

Ele destacou os recentes aumentos concedidos aos servidores públicos federais. “Nesse ano os servidores públicos federais tiveram um aumento de 118% do vale alimentação, 51% do aumento do auxílio creche, 51% do auxílio saúde. Portanto, a gente tem reconhecido o valor do servidor público federal, principalmente da Educação. E a gente vem negociando, respeitamos a decisão dos sindicatos. E temos negociado, fizemos propostas que nunca tinham sido feitas”, disse Santana.

O ministro também mencionou os aumentos salariais específicos para os servidores técnicos da Educação e os professores. “Entre os servidores técnicos da Educação, além de mudar a carreira, que era uma grande reivindicação deles, o aumento salarial com os 9% do ano que vem, consolidando em 2026, varia de 23% a 43% de aumento. E dos professores varia entre 24,5% a 46% de aumento.”

Santana expressou esperança de que a greve termine em breve, ressaltando o impacto negativo da paralisação nas universidades e institutos federais. “Eu espero que as categorias possam paralisar a greve, possam retomar as aulas, que isso prejudica o nosso jovem que está nas Universidades nos Institutos Federais. A informação que eu tenho é que houve boa negociação nas últimas reuniões. Eu espero que em breve a gente possa estar retomando as aulas em todo o Brasil.”