Motociclistas jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito em Palmas

A Comissão de Gestão de Dados e Informações (CGDI) do Projeto Vida no Trânsito (PVT) esteve reunida na manhã desta segunda-feira, 6, na Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu) com agentes de Trânsito, Polícia Civil do Tocantins, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-TO), Instituto Médico Legal (IML), Instituto de Criminalística e a Polícia Civil do Tocantins para apresentar o Relatório de Acidentes de Trânsito Graves e Fatais de 2021. Comissão analisa acidentes graves e fatais para conhecer principais fatores de risco

A apresentação da análise dos ‘Eventos Fatais’ ocorridos no trânsito no perímetro urbano de Palmas, no ano de 2021, foi feita pelo agente de trânsito Zuilton Chagas. Para ele, os números são preocupantes e exigem medidas urgentes de todos os órgãos envolvidos para a redução de acidentes e um trânsito com menos mortes. Segundo os dados apresentados, entre os meses de maio a setembro de 2021, houve um aumento dos acidentes graves, maio apresentou maior número de acidentes, com 68 vítimas fatais, e 473 graves.

Os dados estatísticos apresentados pela comissão da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu) mostram que motociclistas do sexo masculino, 83%, com idade entre 18 e 25 anos, concentram o maior número de vitimas fatais na Capital, totalizando 38 vitimas fatais, e 340 graves. A proporção de vítimas na faixa etária entre 18 e 25 anos corresponde a 128 casos graves e 15 fatais. Entre 36 a 40 anos, 94 vítimas graves, e 14 fatais.

Outro dado importante levantado pelo estudo, é o aumento no número de acidentes envolvendo pedestres, um alerta para o uso de equipamentos de distração, como o uso do celular, no momento de circulação nas vias, registrados cinco óbitos e 22 acidentes graves.

Fatores de Risco

De acordo com os fatores de risco, do total dos acidentes analisados, mais de 45% dos acidentes graves e fatais tiveram como principal fator associado o álcool, seguido de 37% relacionados à infraestrutura.

As análises apontam que os acidentes ocorrem principalmente em rodovias que cortam a cidade e avenidas da capital. “Os dados apresentados reforçam que o perfil das vítimas graves e fatais dos acidentes ocorridos na Capital permanecem seguindo a tendência dos anos anteriores, demonstrando que as principais características envolvem homens adultos e motociclistas”, concluiu Zuilton Chagas.

De acordo com a coordenadora geral do projeto, Marta Malheiros, o Programa Vida no Trânsito formará a partir dessas informações, comissões de fiscalização, engenharia e educação para intervenções realizadas com base nesses dados. “Vamos construir um plano de enfrentamento para o ano todo, mas com foco no mês de maio que foi o mês com maior índice de acidentes graves e fatais”, disse.

A promotora do Ministério Público Estadual, Kátia Galhieta, pontuou quais as decisões que o órgão irá tomar a partir dessas informações. “O MPE vai propor a elaboração de um Termo de Cooperação Técnica para que todas as instituições trabalhem em conjunto para a diminuição dos acidentes de trânsito e das demandas nos hospitais”.

O delegado titular da Delegacia de Trânsito da Capital, Márcio Girotto, destacou de que forma a instituição irá contribuir para a redução de acidentes na Capital. “Vamos intensificar as operações nos pontos cruciais onde ocorrem mais acidentes de trânsito com vítimas graves e fatais”, concluiu.

Para a superintendente de Trânsito da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Valeria Oliveira, os dados apresentados irão subsidiar ações integradas das forças de segurança. “A ideia é que todos os órgãos envolvidos no Projeto Vida no Trânsito (PVT) ao desenvolverem suas ações individuais tenham como foco esses dados, e que ao desenvolvermos nossas ações integradas, possamos combater o mesmo problema”.