Mais de oito mil ovos do Aedes Aegypti são capturados em armadilhas em Palmas

A Prefeitura de Palmas registrou a captura de 8.114 ovos do Aedes aegypti no mês de novembro por meio da instalação de 272 ovitrampas em residências de diferentes regiões da capital. Os dados, divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), reforçam o monitoramento da infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e ajudam a definir áreas prioritárias para ações de combate.

As armadilhas foram distribuídas em quadras e setores das regiões norte, central e sul. Elas fazem parte de um trabalho mensal realizado pelos agentes de combate às endemias (ACEs), capacitados pela equipe da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ). O método utiliza um recipiente preto com água e levedura de cerveja para atrair a fêmea do mosquito, que deposita os ovos na palheta de madeira instalada no interior do recipiente.

Ovitrampas evitam eclosão e reduzem número de vetores

Um dos biólogos responsáveis pela pesquisa destaca que, além de monitorar, o método reduz diretamente a proliferação do mosquito.

“Mesmo que a captura seja para monitoramento, ela acaba sendo muito positiva também para o combate da proliferação do mosquito porque, atraindo as fêmeas para fazer esse depósito em local e coletamos ele antes da eclosão dos ovos, evitamos que este quantitativo ‘nasça’ e se torne um transmissor das doenças. Somente neste mês foram mais de oito mil mosquitos a menos”, afirmou Anderson.

Regiões chegam a registrar mais de 300 ovos por palheta

O monitoramento, realizado desde o ano passado, apontou forte variação entre os bairros visitados. Algumas palhetas não registraram ovos, enquanto outras ultrapassaram 100 unidades. Em períodos de chuva, já foram identificados pontos com mais de 300 ovos em uma única palheta, indicando maior risco para transmissão de arboviroses.

A bióloga da Semus Ocleia de Sousa Rodrigues explica que esse comportamento é característico da espécie.

“A fêmea distribui seus ovos em criadouros diferentes para aumentar as chances de continuidade da espécie”, disse Ocleia.

População continua sendo peça-chave no controle

Embora as ações do município avancem, a Semus reforça que os principais criadouros do Aedes permanecem dentro das casas. A recomendação é que moradores realizem vistorias semanais em quintais e áreas internas, eliminando recipientes que possam acumular água limpa e parada — ambiente ideal para o desenvolvimento do vetor.

Informações: Gabriela Letrari/Secom Palmas