Durante a sessão da Câmara Municipal de Palmas no dia 12 de setembro, a vereadora Laudecy Coimbra lançou luz sobre sérias irregularidades que têm marcado o Festival Gastronômico de Taquaruçu. Ela apontou que a celebração, antes um símbolo de valorização cultural e fomento ao comércio local, está se desvirtuando, dando espaço a práticas fiscalmente irresponsáveis e conteúdo inapropriado.
Ao iniciar seu pronunciamento, Coimbra recordou a nobre origem e o significado do festival, que, desde sua implantação na administração do ex-prefeito Raul Filho, serviu como uma vitrine para realçar o turismo e o comércio local. Contudo, a vereadora manifestou profunda insatisfação com as recentes tendências observadas no evento, que, segundo ela, se desviaram drasticamente dos nobres objetivos que inicialmente guiaram sua criação.
Falhas de planejamento e despesas questionáveis
O principal ponto destacado por Laudecy foi a desorganização na contratação de artistas para o evento, culminando em custos astronômicos para contratações de última hora. Ela ressaltou uma diferença substancial nos custos de contratação de um determinado artista, uma desproporção que atinge quase 100 mil reais comparado ao que foi gasto por outros municípios.
É inconcebível que, em um momento onde temos inúmeros cidadãos vivendo em situações precárias, estejamos desperdiçando recursos de forma tão leviana”, protestou Laudecy.
Além disso, criticou veementemente os gastos exorbitantes com chefs de cozinha, uma despesa que acumulou quase 250 mil reais – uma quantia que, segundo ela, poderia ter sido mais conscientemente distribuída, sobretudo considerando a crescente população em situação de rua em Palmas.
“Não podemos fechar os olhos para a realidade de nossa cidade e permitir que recursos que poderiam ser destinados a melhorias para a população sejam gastos de maneira tão irresponsável”, pontuou a vereadora.
Conteúdo explícito e desrespeitoso
A vereadora Laudecy Coimbra expressou indignação com o caráter de alguns shows realizados durante o festival. Ela criticou vigorosamente a erotização e objetificação da mulher, aspectos promovidos por certas músicas e performances. Segundo ela, é totalmente inaceitável que atos que fomentam a degradação feminina sejam financiados com dinheiro público.
“Essa vulgarização da mulher em espaços que deveriam promover a cultura e o respeito é uma afronta não apenas às mulheres, mas a todos os cidadãos de moral respeitosa. Não podemos permitir que isso continue”, afirmou com convicção.
Um chamado por responsabilidade e respeito
Prosseguindo com seu discurso fervoroso, Laudecy Coimbra sublinhou a necessidade urgente de uma administração mais sensata e consciente tanto dos recursos públicos quanto das atividades culturais na cidade. Ela defendeu ardorosamente a manutenção do Festival Gastronômico, mas clamou por um compromisso renovado com valores de respeito e dignidade, evitando a promoção de qualquer forma de degradação feminina.
É de extrema importância que reavaliemos nossas prioridades e garantamos que eventos como este reflitam verdadeiramente a riqueza e o respeito que caracterizam a nossa cultura”, enfatizou Laudecy.
Em um apelo final por integridade e honra, a vereadora destacou que o Festival Gastronômico ainda tem o potencial de ser um evento de destaque para Palmas, mas deve ser conduzido com a dignidade e o respeito que a população merece.
“Palmas tem um legado rico e vibrante, e é nosso dever como representantes do povo garantir que ele seja celebrado de forma apropriada e respeitosa”, disse ela, fervorosamente.
Ao concluir, Laudecy Coimbra reiterou que suas palavras ressoavam o sentimento de numerosos pais e mães angustiados, que anseiam por uma mudança significativa na promoção e reverência à cultura em Palmas, buscando sempre promover o respeito mútuo e a dignidade humana.
Estou aqui para ecoar as vozes daqueles que desejam ver uma Palmas mais justa e respeitosa, onde a cultura é celebrada com a devida reverência e dignidade que merece”, concluiu Laudecy, com uma paixão que reverberava em cada palavra.