Famílias residentes há mais de quatro décadas em uma área rural no município de Recursolândia, no Estado do Tocantins, denunciaram uma série de crimes graves que estariam sendo praticados com o objetivo de forçá-las a deixar a localidade. Os atos estariam sendo atribuídos a Leonardo Fernandes Fabris, Gustavo Lazzarini Moretti e Maria Ignez Diogo Melo e ao gerente Michael Nikson, ligado à empresa que deu suporte às ações.
De acordo com os relatos das vítimas, o grupo, fortemente armado, vem praticando crimes de pistolagem e grilagem de terras, com ações violentas que incluem:
- Incêndio criminoso, com registro de fogo ateado no galpão da propriedade rural;
- Dano qualificado, com destruição sistemática de cercas e soltura intencional de gado;
- Maus-tratos e crime contra a fauna, resultando na morte de vacas e outros animais;
- Ameaças e coação, com intimidações diretas às famílias residentes, afirmando que irão “destruir tudo o que pertence aos moradores”;
- Disparos de arma de fogo, reforçando o clima de terror na região.
As ações têm como pano de fundo a tentativa de tomar a área rural ocupada pelas famílias há mais de 40 anos. Segundo apurado, os executores dos atos ilegais contam com suporte logístico fornecido por uma empresa da região, que disponibiliza alimentação, combustível, veículos e maquinário agrícola utilizados diretamente nas práticas criminosas.
As denúncias apontariam ainda o envolvimento direto da Sra. Maria Ignez Diogo Melo, proprietária de terras vizinhas à área em disputa, que estaria autorizando e fornecendo sua propriedade para os executores dos atos criminosos.
Mesmo após a instauração de inquérito policial e o acionamento do Comando da Polícia Militar do Tocantins, os investigados continuam agindo com total desrespeito à lei e à autoridade pública, mantendo ameaças constantes às famílias e insistindo na tomada das terras.
As vítimas relatam viver sob constante medo e pressão, com receio de perder não apenas suas propriedades, mas também suas vidas.
A situação acende um alerta sobre a crescente violência no campo e a atuação de organizações criminosas voltadas à grilagem de terras no Tocantins, demandando respostas urgentes por parte das autoridades estaduais e federais.
Todos esses fatos estão relatados nos autos do inquérito policial nº 0000541-14.2025.8.27.2723 e na ação possessória nº 0000510-91.2025.8.27.2723.