Celebrado no Brasil em 20 de novembro, o Dia do Biomédico foi constituído através do Decreto de Lei nº 11.339, de 3 de agosto de 2006, e homenageia esses profissionais que também desempenham um papel tão importante na saúde e nos avanços clínicos. Eles se destacam na detecção precoce de doenças por meio de análises laboratoriais, contribuindo na identificação de patologias e no desenvolvimento de métodos de identificação e tratamento mais eficazes, abrangendo diversas áreas da biologia e saúde humana.
Para este dia, entrevistamos a biomédica e gestora do Sabin no Tocantins, Nayara Borba, para destacar a atuação do biomédico nos dias atuais e sua relevância para os avanços na saúde.
Qual o impacto da biomedicina nos tempos atuais?
O impacto da biomedicina nos tempos atuais é notório, especialmente após a pandemia da Covid-19. A profissão, antes muitas vezes desconhecida, ganhou destaque e reconhecimento público. A biomedicina desempenha um papel fundamental na medicina diagnóstica, influenciando grande parte das decisões clínicas e condutas terapêuticas. Além disso, estes profissionais têm um papel indispensável em pesquisas na área da saúde, contribuindo para avanços científicos e tecnológicos.
Como você avalia o papel do biomédico durante a pandemia de COVID-19, especialmente em relação aos testes diagnósticos, desenvolvimento de vacinas ou em outras áreas de atuação que se tornaram mais relevantes durante esse período?
Os biomédicos contribuíram para o diagnóstico e controle da doença. Trabalhamos na criação de protocolos de diagnóstico, fornecendo suporte e atuando diretamente no primeiro caso diagnosticado no Tocantins. Muitos biomédicos no cenário mundial atuaram ainda no desenvolvimento das vacinas para combater a pandemia.
Qual a importância dos biomédicos nas pesquisas da área da saúde?
A pesquisa é um braço muito forte da biomedicina, onde contamos com profissionais atuando em diversos ramos, seja em pesquisas de tratamentos mais eficazes contra doenças, como câncer, até o desenvolvimento de diagnósticos mais precisos. Temos hoje a classe muito bem representada em pesquisas que contribuem significativamente para avanços importantes na área da saúde, inclusive dentro do Grupo Sabin.
Nós fomos a empresa pioneira, por exemplo, na inclusão da Atrofia Muscular Espinhal (AME) e do citomegalovírus (CMV) no teste da bochechinha. A AME é uma doença degenerativa, de causa genética, muito grave. Diagnosticada no bebê, abre a possibilidade para tratamento que pode ser decisivo para a criança. Já o CMV é um vírus que pode provocar surdez e alterações neurológicas e sua descoberta nos primeiros dias de vida também permite que as sequelas sejam acompanhadas por especialistas. Esses dois avanços realizados no exame da bochechinha do Sabin tiveram a participação de biomédicos.
Como a interdisciplinaridade e a colaboração com outros profissionais da saúde impactam o trabalho do biomédico?
A colaboração e interdisciplinaridade são fundamentais para o trabalho biomédico. A integração com outros profissionais da saúde, como médicos e farmacêuticos, garante um cuidado abrangente ao paciente. Essa sinergia possibilita diagnósticos mais precisos e a definição das melhores condutas terapêuticas.