Com a chegada do período chuvoso, Araguaína registra aumento de casos de dengue e síndromes gripais, impulsionados pela proliferação do Aedes aegypti e pela circulação de múltiplos vírus respiratórios. O fluxo de atendimentos no Pronto Atendimento Infantil (PAI), gerido pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), também cresce, e a unidade reforça orientações para que pais reconheçam sinais de alerta e busquem atendimento no momento adequado.
Riscos e sinais que exigem atenção
Segundo a diretora técnica do PAI, a pediatra Dra. Elena Medrado, tanto dengue quanto síndromes gripais podem evoluir com complicações.
“A dengue é uma doença que ‘piora quando melhora’ […] E essa piora, depois que a criança já está bem, é um sinal que não pode ser ignorado”, afirmou. Ela explica que quadros gripais tendem a piorar ao longo dos dias e podem evoluir para infecções como pneumonia.
A médica orienta que, ao primeiro sinal de febre e mal-estar, a hidratação deve ser intensificada. A dengue costuma apresentar febre alta, prostração e, dias depois, manchas semelhantes a picadas. Já as gripes começam com febre, coriza, congestão nasal e tosse.
Quando procurar o PAI
O diagnóstico de dengue exige histórico clínico detalhado, incluindo duração dos sintomas e presença de manchas no corpo.
“A complicação da dengue é o quadro de dengue hemorrágica […] Essa piora após cinco ou sete dias deve ser interpretada como busca por atendimento médico urgente”, explicou a pediatra.
Nos quadros gripais, sinais de gravidade incluem febre alta persistente, falta de ar, lábios arroxeados, respiração acelerada e esforço para respirar.
Atenção redobrada para crianças menores de dois anos
A Dra. Elena reforça que bebês e crianças pequenas têm maior risco de agravamento. Por isso, prevenção é fundamental: vacinação em dia, evitar contato com pessoas gripadas, manter boa alimentação, repouso e hidratação.
A orientação final é clara: diante de qualquer sinal de piora, os responsáveis devem procurar rapidamente o PAI para avaliação médica.