Vítima de maus-tratos, diagnosticado com leucemia felina, fraturas no crânio e nariz, ocorrência de pólipos nas vias respiratórias e uma possível criptococose! Essa é a luta do gato Robertinho pela sua vida, enquanto depende 100% da ajuda de uma pessoa que está dedicada em salvá-lo: sua tutora e moradora de Palmas, Stefânia Royo.
Foi numa madrugada de janeiro deste ano que Stefânia Royo, de 34 anos, viu sua vida mudar por conta de um gatinho que encontrou na rua. Moradora de Palmas desde 2021, Stefânia retornava para casa quando encontrou um pequeno animal na porta de sua residência, miando alto e “pedindo ajuda”.
A cena naquela noite, segundo Stefânia em entrevista ao Jornal Primeira Página, foi desoladora: o gatinho, com sinais de maus-tratos, não conseguia sequer apoiar as patas traseiras e estava extremamente fraco. Ao procurar saber o sexo do animal, Stefânia notou sinais, inclusive, de possível abuso sexual contra o pequeno.
Sem hesitar, Stefânia começou a cuidar de Robertinho logo naquela madrugada. “Ele não conseguia andar e apoiar as patinhas. Não devia nem ter um ano e estava muito magrinho”, disse ela. As primeiras semanas foram de dedicação constante para alimentar e medicar. As idas e vindas ao veterinário tornaram-se rotina desde então, revelando um diagnóstico complicado com várias internações nos últimos meses:
Robertinho já foi diagnosticado com FeLV (um tipo de leucemia felina); um raio-x revelou também fraturas no crânio e nariz, possivelmente decorrentes de violência humana, e vários pólipos em suas vias respiratórias e na garganta, o que causaram um inchaço enorme e dificuldades para comer e respirar.
“Por conta desses pólipos, Robertinho passou por uma rinoscopia e depois outro procedimento para retirada e analise de biópsia. Tudo isso acabou custando quase R$ 2.800,00”, relatou Stefânia. Ao todo, foram quase R$ 12 mil reais gastos durante seis meses em que ela cuida do gato. Veja como ajudar abaixo.
A situação se complicou ainda mais quando surgiu a suspeita de criptococose em Robertinho, uma infecção fúngica potencialmente fatal e contagiosa. O gatinho aguarda resultados de exames para confirmar a suspeita, mas este possível cenário já requer cuidados especiais.
“Por conta dessa suspeita, eu preciso cuidar dele usando luvas e máscara e tomar o cuidado para deixá-lo isolado na minha pequena kitnet, para não passar nada para meus outros gatos, que adotei ainda quando morava em Juiz de Fora. Eles são idosos e têm 12 e 13 anos. Os adotei na rua e trouxe eles no carro comigo quando vim para Palmas”.
Dedicação
Stefânia contou que sempre ajudou os animais de rua. “Eu sempre alimento eles, deixo um pouco de ração na porta de casa, algo que já fazia desde quando morava fora de Palmas. Quando estou na rua, sempre procuro andar com um pouco de ração na mochila! Eu resgato animais na rua, sirvo como lar temporário, trago para minha casa, cuido e arrumo um tutor”, contou.
Atualmente, ela está encerrando um trabalho junto à Prefeitura de Palmas. Stefânia atua como editora de vídeos. Porém, mesmo com o fim do trabalho e o iminente desemprego, a dedicação aos animais não diminuiu e os cuidados com Robertinho seguem.
O gatinho, apesar de todo o cuidado, ainda segue enfrentando momentos difíceis. “Hoje, Robertinho está mal, nos últimos dois dias não quer comer nem se mexer muito, está quieto e febril”, descreveu. Todavia, ela mantém a esperança de vê-lo saudável.
“Robertinho tem medo de pessoas, tem medo de barulho! Ele é muito tranquilo e carinhoso, todos os veterinários falam a mesma coisa, nunca tiveram problema para dar remédio para ele! Gosta de carinho, ele é uma criança, gosta de correr e brincar!”, conclui Stefânia, com a esperança de dias melhores para seu amado companheiro.
Uma campanha por Robertinho
Para custear o tratamento de Robertinho, Stefânia tem lançado campanhas em suas próprias redes sociais. Até o momento, já foram gastos R$ 12 mil reais com várias internações, medicamentos, cirurgias e exames, conforme documentação, laudos e orçamentos enviados ao Jornal Primeira Página.
A generosidade de amigos tem sido crucial nessa batalha pela vida do pequeno guerreiro. Conforme Stefânia, amigos conseguem ajudar com cartões de crédito e doações, dividindo as despesas com o animal. “Mas nas últimas semanas tem sido difícil”, destacou.
A tutora pede ajuda a quem puder colaborar com a vida de Robertinho. A chave Pix para doações é: ajudarobertinho@gmail.com