Combate à pesca predatória apreende mais 5 mil metros de redes de pesca

A poucos dias do fim da Piracema, em 28 de fevereiro, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) reforçou as ações de fiscalização contra a pesca predatória nas regiões do Bico do Papagaio e do sul do Estado. Iniciada na terça-feira, 18, e concluída nesta segunda-feira, 24, a operação resultou na apreensão de aproximadamente 5,6 mil metros de redes de emalhar, 700 metros de espinhéis e cinco tarrafas.

Com a aproximação do fim da piracema, as operações seguem em ritmo intensificado. O gerente de fiscalização do Naturatins, Cândido José dos Santos Neto, destacou que esta reta final exige maior atenção. “Estamos reforçando nossas ações para garantir que a piracema se encerre com o máximo de proteção possível às espécies. Esse período é crucial para a renovação dos estoques pesqueiros, e nosso trabalho é assegurar que a legislação seja cumprida até o último dia”, frisou. 

Ações no Bico do Papagaio

No Bico do Papagaio, duas embarcações foram utilizadas para patrulhar aproximadamente 180 quilômetros do Rio Tocantins, na divisa com o Estado do Maranhão. A fiscalização fluvial abrangeu os municípios de Tocantinópolis, Maurilândia, Itaguatins, São Miguel do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, Carrasco Bonito e São Sebastião do Tocantins.

Além do patrulhamento nos rios, as equipes também realizaram fiscalização terrestre em estradas vicinais e promoveram ações educativas com as comunidades em locais de movimentação de embarcações. Todo o material apreendido foi encaminhado à sede do escritório regional do Naturatins, em Araguatins.

Sul do Tocantins

No sul do estado, as ações se concentraram nos lagos Taboca, das Piranhas, Calumbi I e Calumbi II, áreas de grande importância ecológica abastecidas por rios e córregos afluentes dos rios Formoso e Javaés. Essas regiões são consideradas berçários naturais da fauna aquática local e, por isso, são alvos frequentes da pesca predatória.

As operações visam garantir a reprodução e conservação das espécies, contribuindo para o equilíbrio ecológico da região, um importante portal da Ilha do Bananal, considerada um dos maiores refúgios de biodiversidade do Tocantins.

Por Andréa Marques/Governo do Tocantins