Servidores públicos municipais de Palmas, por meio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), decidiram nesta sexta-feira (25) iniciar ações de mobilização em resposta ao atraso no pagamento da data-base 2025, pendente desde janeiro. A deliberação ocorreu em assembleia geral da categoria, realizada após seguidas tentativas de negociação com a Prefeitura, sem que houvesse apresentação de uma proposta concreta de reajuste.
Entre as medidas aprovadas pelos servidores estão campanhas informativas nas redes sociais, manifestações públicas em pontos estratégicos da cidade e ações em conjunto com outras entidades sindicais. As datas e locais das manifestações devem ser divulgados nos próximos dias.
A decisão ocorreu após uma reunião no dia 15 de abril entre representantes do Sisemp, de outros sindicatos e membros da gestão municipal. De acordo com o sindicato, a Prefeitura voltou a alegar dificuldades orçamentárias e não apresentou nenhuma proposta efetiva sobre o reajuste salarial.
“Os servidores aguardam há meses uma resposta concreta. A data-base é a reposição da inflação, não representa ganho real. A cada atraso, o servidor acumula perdas no seu poder de compra e na qualidade de vida”, afirmou o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, durante a assembleia.
A vice-presidente do sindicato, Laura dos Anjos, reforçou o papel essencial dos servidores no funcionamento da máquina pública. “São os servidores que mantêm os serviços públicos funcionando. Esse trabalho é fundamental para a cidade e merece ser remunerado adequadamente”, ressaltou.
Revisão Geral Anual
A data-base dos servidores públicos municipais é um direito previsto na Lei Municipal nº 2.105/2014, que determina a aplicação anual do reajuste a partir de janeiro. Para o ano de 2025, o índice definido é de 4,77%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pelo IBGE. O percentual corresponde apenas à reposição inflacionária, ou seja, não implica aumento real nos salários.
O Sisemp informou que seguirá buscando diálogo com a gestão municipal, mas alerta que os movimentos reivindicatórios devem ganhar força caso não haja avanço nas negociações.
Informações: Sisemp