Após 50 horas e decisão da Justiça, corpo de presidiário é recolhido pelo IML

A morte de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada está envolvida em impasse com a família de Charada e o setor penitenciário do Tocantins. A situação foi parar na Justiça e teve andamento na tarde desta quarta-feira, 26. Após 50 horas de velório o IML de Palmas recolheu o corpo.

Charada que foi preso no início do mês, suspeito de ser o mandante de 50 assassinatos que foram registrados em Palmas em 2023, foi encontrado morto em uma cela no presídio Barra da Grota em Araguaína. Ele estava sozinho na cela em uma ala monitorada em tempo integral.

Quando foi constata a morte, o IML de Araguaína fez os exames que indicaram que ele teria tirado a própria vida, o laudo completo será divulgado em até dez dias, mas a causa da morte foi asfixia mecânica sem indícios de tortura.

A família contesta essa versão já que Charada recebeu ameaças de morte e segundo a defesa que o representava hematomas surgiram no corpo. A família entrou na Justiça e uma decisão determinou que o IML de Palmas também faça o exame cadavérico.

O IML de Palmas deveria ter recolhido o corpo de Charada nessa terça-feira, 25, o que não aconteceu. Apesar da decisão judicial, a SSP manteve a tese de que o exame já foi realizado em Araguaína

Nota da SSP

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) informa que o Laudo de Exame Cadavérico feito no corpo de Carlos Augusto Silva Fraga, no último domingo (23), aponta constrição do pescoço compatível com enforcamento e ausência de evidências externas e internas de lesões traumáticas.

Não há sinais de afundamento do crânio ou da face. O laudo aponta que a causa do óbito, ocorrido no último domingo, 23, se deu por asfixia mecânica devido a constrição do pescoço com características da modalidade enforcamento.

Vale ressaltar que o exame foi realizado pelo Instituto Médico Legal de Araguaína logo após a comunicação do óbito, sendo concluído dentro do prazo legal de até dez dias, conforme previsto no Código de Processo Penal.

A SSP-TO reitera que as evidências indicam suicídio, por isso, o caso está sendo apurado pela 29ª Delegacia de Polícia de Araguaína, cujo delegado titular estava de plantão na 5ª Central de Atendimento no dia do ocorrido, tendo requisitado os exames de necropsia, a perícia do local e imagens do circuito de segurança da unidade penal. Portanto, vem acompanhando o caso desde o início e deve concluir o inquérito policial dentro do prazo legal.