Kêti Danieli Xerente e Magmis Renan Pinheiro Panduro, ambos de 11 anos, indígenas e alunos do 6º ano, da Escola Antônio Carlos Jobim, têm um sonho em comum: querem estudar para serem médicos. Eles são dedicados aos estudos e queridos pelos colegas e professores, e na quarta-feira, 19, data que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, tiveram uma recepção especial organizada pela equipe da unidade escolar. Logo que chegaram à escola, os dois foram saudados pelos educadores e também pelos colegas de turma.
Ycaro Gabriel Alves de Campos, colega de sala do Kêti e da Magmis, conta que os amigos são especiais e talentosos.
“É muito bom ter os dois como amigos. São inteligentes, educados e Magmis é bom de bola. Quando eles têm dificuldade em alguma matéria eu sempre tento ajudar. Gosto muito dos dois aqui”, falou o amigo com sorriso no rosto.
Com jeitinho tímido, Magmis Renan fala que ainda está se adaptando à escola e também à cidade, pois tem apenas três meses que se mudou para Palmas. “Eu gosto da escola. É diferente de onde eu estudava. Aqui, os professores são bons e eu estou aprendendo”, disse.
Com os olhos brilhando, Kêti não se conteve em dizer que vai ser médica quando crescer. “Vou estudar bastante e vou me formar em medicina. Quero cuidar de muitas pessoas”, completou.
Para a diretora da unidade, Ana Paula Santos, a escola e os alunos ganham bastante com a presença dos alunos indígenas, pois trocam saberes, culturas e experiências.
“No começo, as crianças ficaram curiosas e queriam saber muito sobre o modo de vida de suas comunidades. Mas com o passar do tempo, as trocas de informações foram acontecendo de forma natural e saudável. É ótimo tê-los aqui na escola. É um aprendizado contínuo sobre as diferenças de criação, educação e vida”, observa a diretora.