A Operação Praeda deflagrada nesta terça-feira, 23, pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) revelou que um grupo de advogados com atuação em oito cidades usavam dados de pessoas em situação de vulnerabilidade, tais como analfabetos, aposentados e indígenas para aplicar golpes financeiros.
A ação resultou no cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de advocacia. O grupo, segundo apurado, utilizava-se desses perfis específicos para obter documentos e dados necessários à aplicação de golpes, focando em empréstimos consignados fraudulentos.
A finalidade do grupo, segundo o MPTO, não se limitava apenas à apropriação indevida de valores, mas também incluía petições em massa de ações judiciais contra instituições financeiras na esfera estadual.
O grupo atuava na região do Bico do Papagaio e outras cidades do Tocantins. São elas: Ananás, Araguacema, Araguaína, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Dois Irmãos, Goiatins e Palmas.
O termo “Praeda”, que dá nome à operação, tem origem no latim e significa “presa”, refletindo a natureza predatória da organização criminosa.
Participaram da ação 60 policiais, 12 delegados, quatro agentes do Gaeco e sete promotores de Justiça.
As investigações envolvem crimes como furto qualificado, apropriação indébita qualificada, estelionato qualificado, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB-TO) acompanhou os trabalhos, nos termos da legislação, a fim de garantir as prerrogativas dos 14 advogados que são alvo da operação.
Com informações: Ascom MPTO